sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Petrobras declara comercialidade de três áreas do pré-sal


RIO DE JANEIRO, 19 Dez (Reuters) - A Petrobras declarou nesta quinta-feira a comercialidade de três áreas do pré-sal, em processo que deverá aumentar as reservas provadas do país em cerca de 3,7 bilhões de barris de óleo equivalente, ou quase um quarto das reservas totais brasileiras.
A estatal anunciou volume de 459 milhões de barris de óleo equivalente para a área de Carioca, rebatizada de Lapa a partir da declaração de comercialidade.
Para as áreas de Franco e Sul de Tupi, a Petrobras citou volumes contratados com o governo segundo a "cessão onerosa": de 3,058 bilhões de barris e 128 milhões de barris, constatados na fase exploratória, como destacou em comunicado.
As reservas provadas da Petrobras somaram 15,729 bilhões de barris de petróleo e gás natural no Brasil em 2012, na sua última atualização.
A Petrobras declarou comercialidade das áreas de Franco e Sul de Tupi, rebatizando os campos com os nomes de Búzios e Sul de Lula, respectivamente, segundo comunicado da estatal ao mercado nesta quinta-feira.
REVISÃO
Com as declarações de comercialidade das áreas de Franco e Sul de Tupi, inicia-se o processo formal de revisão do contrato de "cessão onerosa", que será realizada bloco a bloco, levando-se em consideração as premissas técnicas e econômicas de cada área, disse a Petrobras.
Esse ajuste no contrato já havia sido antecipado pela diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, em novembro.
Na oportunidade, ela disse que somente a área de Franco tem tamanho igual ou até maior que a de Libra, com volumes estimados entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, a maior reserva do país.
Franco teria, portanto, volumes superiores aos 5 bilhões de barris contratados na "cessão onerosa", por meio da qual o governo capitalizou em 2010 a Petrobras com recursos equivalentes a essas reservas.
PRODUÇÃO
O Plano de Negócios da Petrobras planeja a entrada em operação de cinco sistemas de produção para o campo de Búzios até 2020, com o primeiro previsto para o terceiro trimestre de 2016.
A produção do campo de Sul de Lula será feita por meio do mesmo sistema de produção previsto para o módulo Extremo Sul do campo de Lula. O Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 da Companhia planeja o primeiro óleo desse sistema para o primeiro trimestre de 2017.
LAPA
Localizado a 270 quilômetros da costa do Estado de São Paulo, o campo de Lapa tem começo de produção previsto para o terceiro trimestre de 2016, segundo o último plano de negócios da Petrobras.
O plano de desenvolvimento do campo de Lapa será submetido à ANP em até 180 dias.
Em 2011, o consórcio detentor da concessão do BM-S-9 liderado pela Petrobras (45 por cento), em parceria com as empresas BG Brasil (30 por cento) e Repsol Sinopec Brasil (25 por cento), já havia declarado a comercialidade do campo de Sapinhoá (área de Guará), localizado no mesmo bloco.
Sapinhoá atualmente produz, por meio do navio FPSO Cidade de São Paulo, cerca de 30 mil barris de óleo por dia, por meio de um único poço produtor. Outros poços serão interligados no início de 2014, informou a Petrobras.
(Reportagem de Sabrina Lorenzi)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Distribuidoras da Eletrobras devem ser vendidas após eleições, diz fonte


Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO, 17 Dez (Reuters) - O Ministério de Minas e Energia é favorável à venda do controle das distribuidoras da Eletrobras, mas o processo só deverá ser concretizado após as eleições de 2014, afirmou à Reuters uma fonte a par do assunto.
"Isso é líquido e certo", disse a fonte, quando perguntada se o ministério aprova a venda dos ativos.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o governo --acionista controlador da Eletrobras-- estaria aguardando o momento político ideal para anunciar o aval ao negócio.
"(O anúncio da) decisão pode ter um efeito negativo nas urnas. Mesmo se for positivo, não há garantia de que haverá um bônus eleitoral", disse a fonte.
O cronograma da operação também depende da definição do modelo para renovação de concessões no segmento de distribuição de energia, ainda em análise pelo governo, afirmou a fonte.
As distribuidoras da Eletrobras estão no Amazonas, Acre, Alagoas, Piauí, Roraima e Rondônia. Elas vêm causando prejuízo combinado de mais de 1 bilhão de reais por ano ao grupo.
"A ideia (da estatal) é ficar como minoritária das distribuidoras. O mínimo em discussão é a Eletrobras ficar com um terço da empresa. Seria de 33 a 49 por cento", disse a fonte.
Apesar da eficiência baixa de algumas distribuidoras da Eletrobras e do prejuízo que dão à estatal, há investidores interessados nos ativos, disse a fonte, sem fornecer mais detalhes.
Das seis empresas federalizadas, a mais deficitária é a do Amazonas, porque a tarifa é muito baixa. As duas distribuidoras do grupo no Nordeste estão em situação menos adversa, tendo condições de dar lucro já em 2014 se mantiverem o ritmo de melhoria que vêm apresentando, segundo a fonte.
REORGANIZAÇÃO
A Eletrobras passa por um processo de redução de gastos e melhoria da eficiência para se adaptar à nova realidade do setor elétrico brasileiro, após a renovação antecipada e onerosa de concessões de geração e transmissão.
Ao aceitar os termos propostos pela União no ano passado para manter as hidrelétricas e as linhas de transmissão cujas concessões terminariam de 2015 a 2017, a Eletrobras viu sua receita anual ser reduzida em cerca de 8,7 bilhões de reais.
A venda do controle das distribuidoras pela Eletrobras é vista como um caminho natural para o grupo conseguir atingir sua meta de redução de custos de 30 por cento até 2015. A estatal contratou o Santander para elaborar um plano de reestruturação do negócio de distribuição.
No fim de setembro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo federal não tinha decisão sobre o futuro das distribuidoras da Eletrobras. Na ocasião, Lobão afirmou que o governo trabalhava com diversas alternativas, desde vender 100 por cento das empresas até continuar com os ativos nas condições atuais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Nova Roupagem do Blog

O processo de harmonização contábil se deu até meados de 2002, com o acordo de Norwalk e fortaleceu-se com a implementação pela UE, em 2005, dos IFRS.
Depois desta fase, argumenta-se que estamos em fase de convergência e não mais de harmonização.
Assim, o site passa a ter o nome de "Convergência Contábil".
Grato a todos que colaboram.

http://convergenciacontabil.blogspot.com.br/

Vale pede registro para emissão de até R$ 1 bilhão em debêntures

SÃO PAULO  -  (Atualizada às 8h33) A mineradora Vale submeteu à aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro da oitava emissão de debêntures, no montante de até R$ 1,01 bilhão. A operação foi aprovada em reunião do conselho de administração da empresa no dia 28 de novembro. Os recursos obtidos com a oferta serão destinados ao projeto Ramal Ferroviário Sudeste do Pará, projeto de infraestrutura da companhia.
Inicialmente, a companhia pretende colocar no mercado 750 mil papéis simples, não conversíveis em ações, em até quatro séries, com valor unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 750 milhões. O montante pode ser aumentado em até R$ 35%, ou R$ 262,5 milhões, com colocação de lotes suplementar e adicional.
O lote inicial será distribuído sob regime de garantia firme de colocação, prestada pelos coordenad ores Banco Bradesco BBI, BB Banco de Investimento e Banco Itaú BBA. Os lotes extras serão distribuídas sob o regime de melhores esforços de colocação pelos coordenadores.
Para a primeira série, o prazo será de 7 anos, com vencimento em 15 de janeiro de 2021. A segunda série terá prazo de 10 anos, a terceira vencerá em 12 anos e a quarta, em 15 anos. Os coordenadores vão apurar a demanda em diferentes níveis de taxas de juros e vão definir a taxa aplicável à remuneração das debêntures em sistema de “vasos comunicantes”.
As três principais agências de classificação de risco atribuíram nota de crédito "AAA" em escala nacional à oitava emissão de debêntures da Vale, o maior patamar considerando apenas o Brasil. A Moody’s, por sua vez, divulgou rating "Baa2" em âmbito global para os papéis, com perspectiva estável.
A avaliação leva em conta a posição de liderança da companhia em minério de ferro e sua base diversificada de produtos, diz o relatório. Para Moody’s e Fitch, a mineradora tem capacidade de apresentar bom desempenho mesmo em cenário de queda dos preços de sua principal commodity comercializada e manter os indicadores de dívida atuais.
As agências acreditam que o fato de a Vale ter afastado uma incerteza sobre suas operações, que era o pagamento de impostos sobre o lucro que suas controladas e associadas no exterior, sustenta o rating. A empresa aderiu ao Refis, programa de refinanciamento dos tributos, no mês passado.
Na opinião da Standard & Poor’s (S&P), contudo, é exatamente esse forte nível de gastos previstos com a tributação — R$ 22,3 bilhões em 15 anos — que deixa a perspectiva do rating da companhia negativa. Hoje, a nota da S&P para a Vale é de "A-".
O relatório da Moody’s explica ainda que a nota em escala global reflete a instabilidade dos preços do minério de ferro e a expectativa de salto nos custos — principalmente de mão de obra e com royalties. Além disso, a instituição vê como elevado o nível de investimentos e dividendos a serem pagos atualmente.
Mesmo assim, a agência ressalta que a Vale tem feito bom trabalho em seu programa de eficiência, cujas medidas “devem ajudar a minimizar o impacto do avanço nos custos”. A instituição também lembra que a companhia já anunciou paulatina redução em seu nível de dispêndio de capital para os próximos anos.
Segundo a Fitch, o lucro da mineradora vai continuar dependendo do minério de ferro e do apetite do mercado chinês. “Os consideráveis investimentos da Vale em níquel, carvão, fertilizantes e cobre atenuarão apenas parcia lmente o impacto do aumento global da capacidade [do produto]”, afirma o relatório.

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FOCUS 2-Economistas reduzem estimativas de crescimento para 2013 e 2014

SÃO PAULO, 16 Dez (Reuters) - Economistas reduziram as estimativas sobre o crescimento da economia neste e no próximo ano pela segunda semana consecutiva, assim como elevaram a perspectiva para os preços ao consumidor em 2014, informou nesta segunda-feira pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central.
A expectativa agora é que o Produto Interno Bruto (PIB) registre expansão de 2,01 por cento no ano que vem e 2,30 por cento neste ano. As previsões estavam em 2,10 por cento e 2,35 por cento, respectivamente.
A previsão de uma economia com crescimento ainda fraco deve-se aos resultados pouco animadores. As vendas no varejo brasileiro voltaram a desacelerar em outubro ao cresceram 0,2 por cento, e embora o resultado tenha sido o oitavo positivo, ficou abaixo do esperado.
O ajuste no crescimento ocorreu em paralelo com um cenário de preços mais altos no ano que vem em 5,95 por cento, ante 5,92 por cento na semana anterior. Para este ano, a perspectiva ficou inalterada em 5,70 por cento.
A perspectiva para a inflação nos próximos 12 meses, por sua vez, foi reduzida a 6,03 por cento no Focus, ante 6,04 por cento anteriormente.
As mudanças nas duas variáveis não influenciou o cenário para a taxa básica de juros. Para os economistas consultados pelo BC, a Selic ficará em 10,50 por cento no fim do ano que vem, mesma taxa há três semanas.
A manutenção ocorre depois de o BC ter deixado em aberto as perspectivas para o futuro da política monetária na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Já para janeiro, o Focus mostrou manutenção da projeção de aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros.
Entretanto, no Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, a expectativa continua sendo de maior aperto em 2014. A mediana das estimativas aponta perspectiva de que o juro básico encerrará 2014 a 11 por cento, inalterado ante a pesquisa anterior.
(Reportagem de Tiago Pariz

sábado, 14 de dezembro de 2013

Joanna Perry appointed as Chairman of the IFRS Advisory Council

The Trustees of the IFRS Foundation, responsible for the governance and oversight of the International Accounting Standards Board (IASB), announced today the appointment of Joanna Perry as Chairman of the IFRS Advisory Council.
The IFRS Advisory Council is the formal advisory body to the Trustees and the IASB.  Meetings with the IFRS Advisory Council are held three times a year.
Joanna Perry previously served as Chairman of the New Zealand Financial Reporting Standards Board (FRSB) for eight years until June 2011, leading the evolution of financial reporting standards in New Zealand, including the adoption of IFRS from 2005.  As Chairman of the FRSB, during this time she also served as a Member of the Australian Accounting Standards Board (AASB).
She also represented New Zealand as a member of the Asia-Oceania Standard-Setting Group (AOSSG).  She currently serves as a member of the IFRS Interpretations Committee, a position she will resign upon taking up the Chair of the Advisory Council.
Ms Perry served as a member of the New Zealand Securities Commission for 11 years from 1997 until 2008, gaining significant knowledge and experience in the regulation and oversight of securities markets both in New Zealand and internationally. Her involvement with the Commission provided her with a deep understanding of the need for high quality global financial standards across the world’s capital markets.
Ms Perry qualified as a member of the Institute of Chartered Accountants in England and Wales and is a Fellow of the Institute of Chartered Accountants of New Zealand. 
Ms Perry also holds various senior, non-executive positions for a range of public and private organisations in New Zealand and Australia.
Commenting on the appointment, Robert Glauber, Chairman of the Trustees’ Nominating Committee, said:
“We are delighted to welcome Joanna as Chairman of the IFRS Advisory Council.  The work of the Advisory Council ensures that key stakeholders maintain a strong voice with which to advise the IASB and the Trustees on their work.  Joanna is a highly respected member of the financial reporting community and her extensive experience and leadership qualities make her ideally suited to this role.
On behalf of the Trustees, I would also like to thank Paul Cherry for his outstanding contribution as Chairman of the Advisory Council over the past five years. We wish him well in his future endeavours.”

Fonte: IFRS

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

É "apropriada" continuidade do ritmo de ajuste monetário, mas efeitos têm defasagens--ata do Copom


SÃO PAULO, 5 Dez (Reuters) - Ao mesmo tempo em que repetiu ser "apropriada" a manutenção do ritmo de ajuste monetário "ora em curso" e que deve-se manter "especialmente vigilante", o Banco Central ponderou que a transmissão dos efeitos da política monetária "ocorre com defasagens", por meio da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira.
"Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária. Ao mesmo tempo, o Comitê pondera que a transmissão dos efeitos das ações de política monetária para a inflação ocorre com defasagens", trouxe o documento.
A ata refere-se à reunião da semana passada do Copom, quando elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, a 10 por cento ao ano, mantendo o ritmo de aperto monetário mas, ao alterar o seu comunicado, deixou em aberto seus próximos passos.
Parte do mercado passou a acreditar que o BC desacelerará o passo e subirá a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, depois de cinco altas seguidas de 0,50 ponto.
O Copom informou ainda que a demanda agregada tende a se mostrar "relativamente robusta", com o consumo das famílias em expansão e um cenário melhor para investimentos, com a concessão de serviços públicos e ampliação das áreas de exploração de petróleo. Neste contexto, no entanto, ressaltou que a demanda agregada pode ser contida pelo frágil cenário internacional.
"Esses elementos... são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas", trouxe a ata.
O BC também reduziu sua projeção para a inflação em 2013 pelo cenário de referência, mas permanece acima da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Para 2014, a estimativa não mudou, mantendo-se acima da meta. Já para o terceiro trimestre de 2015, a inflação se posiciona acima da meta.
No cenário de referência, o BC usou como parâmetros o dólar a 2,30 reais, sendo que antes via a moeda norte-americana a 2,20 reais.
(Por Patrícia Duarte)
Fonte: Reuters